Carnaval 2025, Carnaval SP

Balanço Geral: erros e acertos do Carnaval 2025 em São Paulo

Foto Felipe Araujo / LIGA-SP Divulgação

Editorial

O Carnaval 2025 em São Paulo termina e o saldo inegavelmente positivo. Iniciado em 14 de janeiro com a primeira noite de ensaios técnicos no sambódromo do Anhembi, a temporada dos desfiles das escolas de samba da cidade teve como grande campeã a Rosas de Ouro no Grupo Especial e, no geral, o nível de excelência do samba paulistano certamente atingiu sua maior consistência.

Acertos

Se tomarmos como base apenas as 5 noites de desfiles (22, 28 de fevereiro, 1, 2 e 8 de março) no Anhembi, a organização merece elogios. Os rumores de 2024, que davam luz à notícia de que a área do Palácio das Convenções não estaria disponível para os sambistas, não se confirmaram e tudo esteve bem parecido ao carnaval passado – as escolas se concentraram nas áreas externas; o estacionamento esteve disponível (pago); e a sinalização e as equipes de apoio ao turista foram bem presentes.

Os elogios se estenderam ao transporte público; Nos dias dos desfiles dos grupos Especial e Acesso 1, tanto na estação de metrô Tietê e quanto na Barra funda, houve uma linha de ônibus direta para sambódromo e o metrô ficou aberto durante a madrugada. Já no Acesso 2, o metrô funcionou em horário normal e quem saiu do Anhembi antes das 4h da manhã precisou ficar esperando a operação iniciar. Também é necessário pensar nos transportes por aplicativo. Esse ano o acesso a este tipo de transporte – preferido por boa parte do público – não foi o esperado, com praticamente nenhuma sinalização ou área dedicada ao embarque e desembarque. O resultado foi muita gente andando quilômetros totalmente sem orientação.

Precisa mudar urgentemente

Quem chegou ao sambódromo nos primeiros dias de ensaios técnicos, em janeiro, tomou um susto. O estado de abandono da estrutura dedicada ao samba paulistano era quase inacreditável. O flagrante descaso da administradora do espaço mereceu diversas manifestações nas redes sociais. Sujeira acumulada nas arquibancadas, banheiros com atmosfera fantasmagórica – alguns sem sequer iluminação -, infiltrações tantas que nem era possível contar, sinalizações e segurança praticamente inexistentes. Quando, na segunda semana, a chuva apareceu, tudo ficou pior: até alagamentos existiram, com níveis das arquibancadas tomados pela água acumulada.

Com o contraste da área de eventos do Anhembi, totalmente renovada, a impressão indelével era de que aquele espaço fora tratado com peso de importância diferente. É preciso a consciência de que o carnaval das escolas de samba e do povo do samba começa com os ensaios técnicos. E, sim, tudo precisa estar em ordem já no primeiro dia, com o mínimo necessário para qualquer evento deste porte – segurança, limpeza, sinalização e serviços. É obrigação do poder público cobrar e fiscalizar.

(Foto Felipe Vieira. LIGA-SP. Divulgação)

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